sábado, 25 de agosto de 2012

Preservando a Verdade



Pedimos a compreensão do leitor pela forma que escrevemos o nome do Pai e de Seu Filho neste estudo. Onde você lê Senhor no Antigo Testamento, colocamos YAHU, que é o som e a transliteração do tetragrama (hwhy), o qual é o nome do Pai. No Novo Testamento, a palavra Senhor é mais dirigida a Yahushua (Jesus) e algumas vezes, ao Pai. Isto, às vezes, confunde a quem esta palavra se refere. Você encontrará alguns versículos do Novo Testamento, onde se lê Senhor, traduzido com o nome YAHU, por se tratar do Pai. E, na maioria das vezes, a palavra Senhor é dirigida a Yahushua (Jesus). Na palavra Deus, colocamos Ulhim; e no nome Jesus, colocamos Yahushua. Esses são os seus nomes em hebraico. Caso você tenha interesse em conhecer melhor a razão de usarmos os nomes em hebraico, em outro estudo explicaremos detalhadamente. Reflita sobre esta questão do nome lendo Provérbios 30:4.

A TORAH! 


“E aquele que guarda os Seus mandamentos nEle está, e Ele nele. E nisto conhecemos que Ele está em nós: pelo poder que nos tem dado”. 1Yahuhana 3:24 (João).

“Porque este é o amor de YAHU: que guardemos os Seus mandamentos; e os Seus mandamentos não são pesados”. 1Yahuhana 5:3 (João).




INDICE


Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------  3

O que é Toráh --------------------------------------------------------------------------------------------------------------  3

Uma descoberta importante ----------------------------------------------------------------------------------------------  4

O verdadeiro testemunho de Shaul (Paulo) ----------------------------------------------------------------------------  4



DESFAZENDO OS SOFISMAS



questão – A Toráh (instrução, ensino) foi abolida?  --------------------------------------------------------------- 4

questão – As festas do Eterno não precisam ser mais festejadas? -----------------------------------------------  6

questão – A Toráh (ensino) da alimentação foi abolida? ---------------------------------------------------------  9  

questão – Teria Shaul ensinado aos Gálatas ir contra a Toráh? ------------------------------------------------  12

questão – Qual a mensagem o Eterno quer transmitir através da circuncisão? ------------------------------  13

questão – A alguma ligação entre a Graça e a Toráh? ----------------------------------------------------------  14

questão – A antiga aliança foi removida? -------------------------------------------------------------------------  18

questão – Os profetas e a Toráh (lei) profetizaram até Yahuhana (João) -------------------------------------  20

questão – Quando Yahushua se tornou o nosso ministrante (sacerdote), mudou a Toráh? ----------------- 20

10º questão – A 1º aliança foi abolida e criada uma 2º aliança? --------------------------------------------------  22  

11º – a questão de Atos 15 ---------------------------------------------------------------------------------------------  22

12º – Shaul um guardião da Toráh ------------------------------------------------------------------------------------  26

13º – Comparar alguns textos corrompidos --------------------------------------------------------------------------  27

14º - Bibliografia --------------------------------------------------------------------------------------------------------  29




INTRODUÇÃO

     A razão de termos elaborado esse estudo, foi por amor a incontáveis irmãos, que ainda, com toda boa vontade de servir ao Eterno, se embaraçam com os sofismas que deliberadamente foram lançados sobre a humanidade. Na realidade os ensinos que vamos confrontar, são argumentos aparentemente válidos, mas não são conclusivos, e que para nós (não generalizando) são de má fé por parte de quem os apresenta. Esses argumentos que partem de princípios tidos como verdadeiros, não chegam a nenhuma conclusão admissível, e que só promovem confusão; e como resultado: muitos raciocínios falsos das Sagradas Escrituras e a transgressão dos Mandamentos.   

“Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a assembléia que nos está proposta”. Hb. 12:1.

     Agradecemos aos muitos Irmãos que lutam para preservar a Doutrina eterna, e que cooperaram com seus estudos. Neles, encontramos a testificação de nossas pesquisas, e incluímos em nosso trabalho alguns assuntos aqui tratados. Louvamos ao Altíssimo por suas vidas.

      Antes de iniciarmos a nossa defesa aos princípios eternos do PAI, queremos dizer ao leitor, que a nossa intenção é obedecer à vontade do nosso criador e com carinho e respeito a você, colocar as nossas convicções a respeito da vontade soberana do Altíssimo. É nosso dever (divida) cumprir toda a Sua vontade. “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama o próximo tem tornada plena a Toráh (lei)”. Rm. 13:8 - “Porque toda a Toráh (lei) se torna plena em uma só palavra, nesta: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Gl. 5:14. Por que: Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação. Segundo a sua vontade, Ele nos gerou pela palavra da verdade, para sermos como primícias da sua criação”. Ya’aqobh 1:17,18 (Tiago). (tradução correta do grego).

O QUE É TORÀH?

Devemos entender o verdadeiro sentido desta palavra no original hebraico e grego.

     O termo "lei" usado em nossas bíblias é um termo limitado e inadequado, pois não expressa com exatidão seu sentido original. A palavra hebraica usada no chamado "Antigo Testamento” (Tanach) é o substantivo hrwt Toráh, que é traduzido como: orientação, instrução e ensino. Sem dúvida é importante observar que só nesta adequada definição do termo "Toráh" teremos removido a idéia "legal" associada à expressão "lei". Na verdade esta tradução de Toráh para lei nas bíblias modernas está sob influência da Vulgata Latina que traduz a expressão por "Lex", trazendo a idéia de que a Toráh só tem aplicação legal, o que não é verdade.  A Toráh é uma instrução do ETERNO para cultivar (cultura que vem de culto) princípios morais, espirituais, sanitários, alimentares e também legais. A Toráh possui leis, mas ela não é somente "leis" como alguns pensam, é um engano achar que ela é apenas legal, pior ainda acreditar que o termo Toráh pode ser traduzido por "LEI", para esta palavra existe um termo apropriado chamado td “dath” em hebraico que tem o sentido de: decreto, lei, edito, regulamentação, regra. Mas, Toráh sem dúvida deve ser traduzida como: instrução, orientação ou ensino.

     Devemos entender a opinião de Yahushua sobre a Toráh, e da mesma forma a opinião de Shaul (Paulo). Como apóstolo de Yahushua ele jamais iria contrariar a opinião de seu mestre sobre o assunto. Assim disse Yahushua: "Não penseis que vim revogar a Toráh (Lei) ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir" Mt. 5.17. Para uma compreensão deste texto deve-se observar novamente as palavras chaves, neste caso revogar e cumprir. A palavra grega usada nesta passagem que foi traduzida por "revogar" é o verbo grego kataluw - “kataluo” que pode ser traduzido como: anular, abolir, destruir, desfazer, derrubar, revogar, etc. A edição bíblica de Almeida Revista e Corrigida traduz primeiramente a palavra como destruir que é mais clara. Baseados neste princípio deve-se entender primeiro que: Yahushua disse claramente, que ele não veio para destruir, abolir, anular ou derrubar A Toráh (LEI). Este é um princípio básico, mas Yahushua veio fazer mais, ele veio também para cumprir. Este verbo grego no original é plhrow - “pleroo” mais bem traduzido como: completar, acrescentar, aperfeiçoar, plenificar, etc. Yahushua em nenhum momento foi contra a Toráh, muito pelo contrário ele veio apresentar o sentido pleno da Toráh, veio esclarecer seu significado, ele veio plenificar seu objetivo. Como diz o Talmud (a tradição oral dos judeus): "Não vim para tira a Toráh de Moshé, mas pelo contrário, vim para acrescentar" (Tratado Shabat 116b).
 

UMA DESCOBERTA IMPORTANTE

     Os manuscritos Semitas. Antes de falarmos sobre as contradições dos Escritos Sagrados é nosso desejo que o leitor conheça a existência de diversos manuscritos semitas dos Ketuvim Netsarim (“Novo” Testamento) que ainda existem na atualidade. Como boa parte do cristianismo crê na errônea tradição romana de que tais textos teriam sido escritos em grego, pouco se conhece acerca dos manuscritos semitas. O conhecimento dos manuscritos semitas é de grande importância para que possamos evitar os erros de tradução que deram origem a tantos desvios teológicos até a atualidade.

Os principais descendentes dos textos originais semitas que sobrevivem até hoje são:

Ø  As versões hebraicas Shem Tob, DuTillet, e Munster do livro de Matiteyahu.
Ø  A família de textos aramaicos chamada de “Siríco Antigo” dos 4 livros das Boas Novas.
Ø  A peshitta aramaica, que contem fundamentalmente o texto quase completo dos Ketuvim Netsarim (Novo Testamento), a exceção de Kefa Beit (Segunda de Pedro).
Ø  Yahuhana Beit e Yahuhana Guimel (Segunda e Terceira de João), Yahudáh (Judas) e Apocalipse.
Ø  O manuscrito Crawford de Apocalipse.


O VERDADEIRO TESTEMUNHO DE SHAUL (Paulo)

     Sempre que nos deparamos com alguém afirmando que não temos que obedecer aos Mandamentos do Eterno, estes usam passagens das cartas do apóstolo Shaul (Paulo). Foi criada uma grande confusão em relação ao que Shaul ensinou: uma hora parece defender a Toráh, em outras ocasiões, parece condená-la. A “teologia” sempre contaminou a mente da maioria dos crentes, ensinando que Shaul abandonou completamente a Toráh depois que reconheceu que Yahushua era o MashYah. Na realidade este falso conceito provem de uma série de má interpretações de alguns versículos das suas cartas.

     Segundo Shaul, a Toráh é: “Portanto verdadeiramente a Toráh (lei) é Santa e o mandamento Santo, justo e bom”. Rm. 7:12 – “Sabemos, porém, que a Toráh (lei) é boa, se alguém a recebe e está de acordo com a Toráh legitimamente”.1Tm. 1:8. (Tradução correta do grego). Se observarmos a carreira de Shaul, percebemos uma grande contradição, isto é, se ele realmente foi do jeito que o Cristianismo descreve. Shaul declara com seus próprios lábios ser cumpridor da Toráh. “Mas confesso-te que, conforme o Caminho, a que chamam seita, assim sirvo a Ulhim de nossos pais, crendo em tudo quanto está escrito de acordo com a Toráh (Lei) e nos Profetas”. At. 24:14 - “E um certo ChananYah (Ananias), varão submisso de acordo com a Toráh (lei), que tinha bom testemunho de todos os Yahudim (judeus) que ali moravam”At. 22:12. (Tradução correta do grego).


DESFAZENDO OS SOFISMAS


QUESTÃO - A TORÁH (INSTRUÇÃO, ENSINO) FOI ABOLIDA?

Compare as versões abaixo para uma análise do texto de Efésios 2:14-16.

     Versão Almeida Revista e corrigida - “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio, na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e, pela cruz, reconciliar ambos com YAHU em um corpo, matando com ela as inimizades”.

Manuscrito peshitta aramaica - “Porque ele é o nosso shalom, o qual de ambos os povos fez um; derrubando a parede de separação que estava no meio, pela sua carne, cumprindo a Toráh através das mitsvot contidas em ordenanças, desfez a inimizade para criar, em sua essência dos dois um novo homem, assim fazendo a paz”.

Nossa tradução do texto grego - "Porque é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo-os libertados do muro de separação o tornou (o muro) inoperante em sua carne, e cumpriu a Toráh (lei) dos mandamentos em decretos, para que dos dois criasse em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliou ambos em um corpo em YAHU, e através do madeiro destruiu por ele a inimizade". Ef. 2.14,16.

     Comparando a versão Revista e corrigida com as outras, a uma grave contradição entre elas. Yahushua disse que não veio para abolir a Toráh e o texto da RC diz que Yahushua aboliu na sua carne a "Lei dos Mandamentos na Forma de Ordenanças". Na verdade são os detalhes do texto que provam que não! Muitos teólogos se baseiam neste texto para afirmarem que Yahushua aboliu a Toráh. Mas, como sempre cometem erros básicos de interpretação por causa das más traduções. Shaul afirmaria que Yahushua aboliu a Toráh? Não! Ele afirma que foi através da Toráh dos mandamentos que foi desfeito o muro de separação.

      Se observarmos o início do trecho citado e analisarmos a história, perceberemos outro ponto a ser considerado. O texto diz que Yahushua derrubou a parede de separação que estava entre Yahudim (judeus) e gentios, fazendo a paz. Esta parede era também literal. No templo de Yahushalaim (Jerusalém) existiam setores para os visitantes do templo, estas áreas eram separadas por paredes ou muros, existia o pátio dos sacerdotes, dos homens Yahudim (Judeus), dos gentios e das mulheres. Sendo assim os Yahudim (Judeus) estavam mais próximos do templo e os gentios separados destes. Mas, pergunta-se: Onde está na Toráh ou nos Profetas uma ordenança que diz que os gentios que temiam o ULHIM de Yahushurul (Israel) deveriam ficar longe dos Yahudim (judeus) ou separados por um muro; e até mesmo não ter o direito de serem perdoados pelos sacrifícios realizados no templo? Em lugar nenhum! “Quando também morar convosco algum residente ou que estiver no meio de vós nas vossas gerações, e ele oferecer uma oferta queimada de cheiro suave a YAHU, como vós fizerdes, assim fará ele”. Bamidbar 15:14 (Nm.).

      Na verdade esta era uma "INTERPRETAÇÃO ou UMA ORDENANÇA DE HOMENS", uma doutrina que afastava os gentios da Toráh e da presença de YAHU. Foi exatamente esta distinção que Yahushua veio abolir. Para que tanto Yahudim (judeus) e gentios se tornassem apenas um povo para YAHU, todos cumprindo seu chamado, e tendo Yahushua como o centro de todas as coisas.   “porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus”. Cl.1:19,20. Isto é o que Shaul (Paulo) chama de "Mistério". Sem dúvida algo maravilhoso para refletirmos. Ainda é notório na Toráh que o Eterno tem Sua vontade bem definida em relação a se fazer acepção: Um mesmo estatuto haja para vós, ó congregação, e para o residente que entre vós mora, por estatuto perpétuo nas vossas gerações; como vós, assim será o residente perante YAHU. Uma mesma Toráh (lei) e um mesmo direito haverá para vós e para o residente que mora convosco”. Bamidbar 15:15,16 (Nm.).

      É nosso dever guardar fielmente todo ensino do PAI, porque tem nos orientado e estimulado a retornamos a Sua Imagem e Semelhança; qualquer homem - tanto estrangeiro como Yahudim (Judeu) - que não desenvolver o desejo de Amar ao ETERNO com todo o seu ser e for contra Seu ensino (Toráh), tornar-se-á estranho para ELE: “Naquele tempo Eu mesmo declararei: Nunca vos conheci, apartai-vos de mim os que trabalham contra a Toráh (Lei)”. My. 7:23 (tradução correta do grego). Isto é, em hebraico: rwz - zur” = ser estranho, forasteiro, alienado, estrangeiro, inimigo, repugnante. Estes são inimigos do ensino que o CRIADOR estabeleceu como verdade absoluta. E está refletida pela sensatez da opinião de Shaul que diz: “Mas a indignação e a ira aos que são facciosos, que não se deixam persuadir seguramente pela verdade, mas são persuadidos pela iniqüidade; Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que realiza o mal; primeiramente do Yahudim (judeu) e também do grego; autoridade no julgamento e honra e paz a qualquer que realiza o bem; primeiramente ao Yahudim (judeu) e também ao grego; Porque, para com YAHU, não há acepção de pessoas”. Rm. 2:8-11. (tradução correta do grego).
   “Porém se algum estrangeiro morar contigo, e quiser celebrar a páscoa a YAHU, seja-lhe circuncidado todo o macho, e então chegará a celebrá-la, e será natural da terra; mas nenhum incircunciso comerá dela. Uma mesma Toráh haja para o natural e para o estrangeiro que morar entre vós. Shemot 12: 48,49 (Êx.).
 “Porém vós guardareis os Meus estatutos e os Meus juízos, e nenhuma dessas abominações fareis nem o natural, nem o estrangeiro que mora entre vós”. Vaicrá 18:26 (Lv.).

 “Será, pois, perdoado a toda a congregação dos filhos de Yahushurul (Israel), e mais ao estrangeiro que mora no meio deles, porquanto por erro sobreveio a todo o povo. Bamidbar 15:26 (Nm.).

 “E o sacerdote fará expiação pela alma que errou, quando pecar por ignorância, perante YAHU, faras expiação por ela, e lhe será perdoado. Para o natural dos filhos de Yahushurul (Israel), e para o estrangeiro que no meio deles mora, uma mesma Toráh (lei) vos será, para aquele que isso fizer por erro. Mas a alma que fizer alguma cousa à mão levantada, quer seja dos naturais quer dos estrangeiros, injúria ao YAHU: a tal alma será extirpada do meio do seu povo”. Bamidbar 15: 28-30 (Nm.)

Para refletir! Tehilim 119:105 (Sl.) “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”.

Qual palavra ou instrução é luz para meu caminho?


QUESTÃO - AS FESTAS DO ETERNO NÃO PRECISAM SER MAIS FESTEJADAS?
"Guardais dias, meses e tempos, e anos. Receio de vós tenha eu trabalho em vão para convosco" (Gl. 4.10 e 11).

     Ao lermos este versículo isolado e não observarmos o contexto que está envolvido neste texto teremos problemas teológicos sérios. Uma pessoa ávida (que deseja ardentemente) por refutar (negar, rejeitar) a Toráh, pode tomar este versículo facilmente como um suposto argumento contra as Festividades da Bíblia. O que é um equívoco e um desrespeito ao contexto do trecho. Aproveitando a oportunidade gostaria de fazer uma observação à Versão de Almeida Revista e Corrigida, que intitula o trecho já referido como: "O valor transitório dos ritos judaicos". Este conceito é tendencioso e carregado de interpretações pessoais. Na verdade ele está baseado na interpretação do versículo acima, que afirma serem as palavras de Shaul, exortações direcionadas a Yahudim (judeus ou judaizantes) que insistiam em guardar dias sagrados como: o Shabath (Sábado), Pessach (Páscoa), Shavuot (Pentecostes), Sucot (festa das tendas).

     Se lermos com cuidado os dois versículos que antecedem o trecho, perceberemos que não é bem isso, o que Shaul estava dizendo, na verdade, não foi direcionado aos Yahudim, mas aos gentios de Gálatas. Observe:  "Outrora, porém, não conhecendo a YAHU, servíeis a deuses que, por natureza não o são; mas, agora que conheceis a YAHU ou, antes, sendo conhecidos por YAHU como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos?" Gl. 4:8, 9.

     Um detalhe: No versículo 8 diz: "...outrora servíeis a deuses...". Sem dúvida, o texto se refere á gentios da Galácia (a quem é endereçada a epístola), que haviam se convertido ao ULHIM de Yahushurul (Israel) e a seu MashYah Yahushua e que agora estariam voltando ao culto pagão em memória dessas falsas divindades.

     Shaul ainda afirma: “... estais voltando outra vez aos RUDIMENTOS...". Mais uma vez precisa-se da ajuda dos originais, assim compreenderemos a expressão rudimentos com maior precisão. O que significa esta expressão?                           
    
     A palavra grega usada é o substantivo pluralizado stoiceion - stoiceion que segundo o Dicionário do Novo Testamento Grego do professor W.C. Taylor é: "as causas materiais do universo pur- pur (fogo), udwr - hudor (água), ahr aer (ar) e gh - ge (terra). Os corpos celestes, sinais do zodíaco, astros ou talvez (?) espírito, demônio". Na verdade estes princípios de elementos da natureza, signos, elementares, espíritos cósmicos, sempre foram princípios da antiga mitologia greco-latina e babilônica. Sem dúvida estes crentes estavam sendo escravizados por estes elementos, por isto Shaul encerra dizendo: "Guardais dias, e meses, e tempos, e anos" (v. 11). Na verdade estes dias que estavam sendo guardados pelos Gálatas não tinham nada haver com as Festas da Toráh. Eram festas pagãs em honra aos "stoiceion". Seria como se uma pessoa advinda na bruxaria, da umbanda, ou de outras religiões, depois de convertida a Yahushua, ainda fosse atraída para as festividades pagãs (como natal e ano novo) outrora celebradas em honra às respectivas divindades. Sem dúvida, isto seria um 'trabalho vão' conforme as palavras do apóstolo Shaul.

     Em nenhum momento Shaul neste texto está fazendo referência a afirmativa de que "Os Ritos Judaicos são Transitórios" conforme informa a "ARA" (Almeida Revista e Atualizada). Mas, sim exortando os crentes recém convertidos do paganismo “galaciano”, para que não voltem às suas festividades demoníacas e cheias de misticismo pagão. "De sorte não és escravos, porém filhos; e, sendo filhos também herdeiro por YAHU" Gl. 4.7.

  Shaul ensinou também aos colossenses a não guardarem as festas e os shabats do Eterno?

     Durante muito tempo, Colossenses 2:16-17 foi alvo de grande desconfiança e dificuldade por parte daqueles que procuram observar a Toráh, e uma das passagens mais usadas pelos que pregam a desobediência as ordens do Eterno.
   
    O texto corrompido diz: "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias
de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.

    Não somente o texto é usado para criticar os que obedecem, como ainda traz uma frase solta "mas o corpo é de
Cristo" que, convenhamos, do ponto de vista literário, está completamente perdida no texto, sendo desconexa e por
tanto fazendo pouco sentido. É claro que sempre há quem atribua sentido teológico, mas do ponto de vista literário
é totalmente estranha. Um rabino do Chabad, o qual estuda a Guemará em aramaico há mais de 20 anos, apto, portan
to, a entender o que um rabino do primeiro século teria escrito no aramaico, traduziu o texto de Colossenses 2:16-17. 
O resultado foi impressionante! [Em torahviva@..., "Shaul Bentsion"escreveu}

O aramaico diz o seguinte:

absdw axry syrdw adaed aglwpb wa aytsmbw alkamb Nwkdwdn sna lykh al 16
wh axysm Nyd argp Ndyted Nylyad atynlj Nyhytyad Nylh 17

 "Loa hakil anash n'daoedkuon b'meaklaa o'b'mashtia ao b'puolagea d'eiadea o'adrish yarcha oadshabea haleyn d'iataiein elanita d'aylein  p'agra deyn meshicha’ huo"

Segundo o rabino, a tradução palavra por palavra é:

 "Não portanto a humanidade perturbe na comida ou na bebida nem em hesitação nas festas e de cabeça mês e de shabatot estas são prenúncio quem prepara corpo julgar MashYah é".

 Ordenando as palavras no português, o resultado é impressionante. A tradução é do próprio rabino.
 "Portanto, não deixeis que vos perturbe a humanidade quanto ao comer, ou ao beber; nem hesiteis em participar das Festas, ou da Lua Nova, ou dos Shabatot; tais coisas são o prenúncio daqueles que preparam o próprio corpo para ser julgado no MashYah." Colossenses 2:16-17 (do aramaico).

      É fantástica a vida que o texto ganhou! O texto agora: Deixa de ser controverso, Mostra que não é um convite à desobediência, Faz mais sentido no contexto e demonstra a posição de Shaul (Paulo), Nos encorajar, pois todos sabemos o quanto a humanidade, movida pelo espírito do anti-MashYah, atrapalha o entendimento correto das Escrituras e a sua fidelidade, e a parte que fala do MashYah agora faz pleno sentido dentro da frase, deixando de ser desconexa.

     Não há nenhum problema com relação á Toráh. Ela é para ser vivida e praticada, e conforme veremos, viver a Toráh não é um jugo, pelo contrario é um deleite. Ao observarmos o contexto desse capitulo, temos que entender que: o mandamento de guardar os Shabats, as Festas do Eterno, as Luas Novas e o comer a dieta orientada pelo Altíssimo, foram Mandamentos que YAHU ordenou. 

E os tirei da terra do Egito e os levei ao deserto. E dei-lhes os Meus estatutos e lhes mostrei os Meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles. E também lhes dei os Meus shabats, para que servissem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu Sou YAHU que os santifica. Mas a casa de Yahushurul (Israel) se rebelou contra Mim no deserto, não andando nos Meus estatutos e rejeitando os Meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles; e profanaram grandemente os Meus shabats; e Eu disse que derramaria sobre eles o Meu furor no deserto, para os consumir. O que fiz, porém, foi por amor do Meu Nome, para que não fosse profanado diante dos olhos das nações perante as quais os fiz sair”. Ez.20:10-14.

“Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai aumentando o progresso para YAHU. Se, pois, estais mortos com MashYah quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens”. Cl.2:18-22

     Comparemos as duas passagens anteriores: A primeira o Eterno diz que Ele estabeleceu os Mandamentos para o homem viver por Eles. Poderia Shaul ensinar que os Mandamentos do ALTÌSSIMO eram rudimentos do mundo? O que é Santo virou profano ou do mundo? O que o Altíssimo estabeleceu para Ele como Santo tornou-se preceitos de homens? Portanto o que realmente Shaul estava alertando era à recriminação aos que estavam praticando as ordenanças do Pai, veja o que diziam os que eram contra a prática destas ordenanças: não toques, não proves, não manuseies?”. É evidente que Shaul nunca chamaria os Mandamentos de YAHU de doutrina de homens.
                                                                              
PARA MEDITAR: A afirmação do Altíssimo que o povo se rebelou contra Ele por não andar em Sua vontade, desobedecendo a Sua Toráh, mostra claramente a Sua indignação contra esse povo. É difícil aceitar a idéia que o Todo-Poderoso é: injusto, muda de opinião, volta atrás em suas decisões, esquece, se arrepende, estabelece mandamentos que Ele mesmo disse que são eternos, mas depois diz que não precisam mais ser praticados. No passado castigava (tornar casto) o povo por desobedecer a esses mandamentos, porem depois, já não os considera como sendo importantes e não se importa em que alguém os desobedeça. Coloca uma nação em cativeiro durante 70 anos porque desobedeceram a Seus mandamentos. (Êx. 31:14-17; Lv. 26;14,31-35,43; 2Cr. 36:20,21; Zc.1:12). E depois não considera os mesmos mandamentos com a mesma importância. Não seria YAHU injusto com Yahushurul (Israel) em colocar tamanha severidade sobre eles em relação a estes mandamentos, se depois não seria mais necessário guardá-los? Eles não poderiam viver eternamente se fossem desleais aos mandamentos. E aos outros povos que o reconhecem como Criador e desejam adorá-lo, não é preciso guardar estes mesmos mandamentos para herdar a vida eterna? Viverão eternamente sem ter compromisso com a Toráh? O Altíssimo exigiria a um povo a guarda dos mandamentos para entrar na vida eterna, e a outro povo ele concederia a vida eterna sem praticar os mesmos mandamentos?

 “E virão ali e tirarão dela todas as suas coisas detestáveis e todas as suas abominações. E lhe darei uma só mente, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne a mente de pedra e lhes darei uma mente de carne; para que andem nos Meus estatutos, e guardem os Meus juízos, e os executem; e eles serão o Meu povo, e Eu serei o Seu Ulhim. Mas, quanto àqueles cuja mente andar com as suas coisas detestáveis e abominações, Eu farei recair na sua cabeça o seu caminho, diz YAHU o Senhor”. Ez.11:18-21.

“Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem a Toráh (lei), mudam os estatutos e quebram a aliança eterna”. Yasha’Yahu 24:5 (Is.).

    Repare na afirmativa de Shaul. “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a transgressão da Toráh? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre o MashYah e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de YAHU com os ídolos? Porque vós sois o templo do Ulhim vivente, como YAHU disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e Eu serei o Seu Ulhim, e eles serão o Meu povo. Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz YAHU; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei; e Eu serei para vós Pai, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz YAHU Todo-poderoso. Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de YAHU”. 2Co.6:14-18;7:1.

QUESTÃO – A TORÁH DA ALIMENTAÇÃO FOI ABOLIDA?
Romanos 14 anula o shabat e as carnes imundas?

     Uma das passagens que são citadas para eliminar a distinção entre carnes puras e impuras é Romanos 14. Além do mais, este capítulo tem sido utilizado para afirmar que a observância do Shabat já não é obrigatória para os seguidores do MashYah. Será correto que Shaul em Romanos 14 nos diz que todos os alimentos são limpos? Examinemos o que ele escreveu, para ver se tais conclusões são válidas.

     Qual é o contexto? - Para entender que Shaul estava escrevendo a um grupo misto de crentes judeus e não-judeus em Roma, é necessário que analisemos estes versículos tanto em seu contexto temático como histórico. Assim feito, podemos dar conta de que ele não está se referindo em absoluto a carnes limpas ou imundas; mas sim, esta tratando um tema completamente diferente, ou seja, o vegetarianismo. Está claro ao ler o vers. 2: "Um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come só legumes".

     Neste contexto não se menciona nada a respeito de carnes "limpas" ou "imundas". O assunto ao que Shaul se refere, esta relacionado com a atitude de alguns membros da Congregação, ou seja, "ao fraco na fé", vers. 1. Eles estavam temerosos em comer carnes em geral e conseqüentemente, comiam somente vegetais, como é mencionado no versículo 2. O tema do vegetarianismo continua no versículo 6: "E quem come, para o Senhor come, porque da graças a Ulhim; e quem não come, para o Senhor não come, e da graças a Ulhim".

     Vemos claramente que havia membros da Congregação que comiam carne, e outros que simplesmente não comiam. Agora, por que alguns haviam decidido re tornar vegetarianos? Shaul não esclarece. No entanto, as instrução que ele da à congregação de Corinto (1 Coríntios 8) mostra muita semelhança com as contidas em Romanos 14. O assunto com os coríntios foi se era permitido comer carne que havia sido oferecida a ídolos, e o conselho que Shaul deu aos coríntios é o mesmo que deu aos romanos: Não fazer nada que possa ofender a um irmão na fé.

     A respeito deste versículo em Romanos 14, W. J. Conybeare (em seu livro The Life and Epistles of St. Paul [A vida e as epístolas de São Paulo], página 530) mostra que estes vegetarianos seguramente eram membros que se abstinham de comer carne em geral, porque temiam a possibilidade de comer (sem se dar conta) carne que tivesse sido oferecida a ídolos, ou que de alguma outra maneira foi cerimonialmente impura (o qual facilmente poderia acontecer em um lugar como Roma). Em virtude de que o vegetarianismo não é algo que está incluído na Toráh, parece que Shaul se refere ao mesmo assunto em Romanos 14 e em I Coríntios 8: É permitido que um crente coma carne oferecida a ídolos, até no caso de que isto cause ofensa a crentes que são fracos na fé? A resposta de Shaul é a mesma: Não ha nada de mal com a carne, porem não é correto come-la se isto é motivo de ofensa para outros (Romanos 14:13; 1 Coríntios 8:9).

     Que diremos de Romanos 14:14, onde Shaul faz esta afirmação? "Eu sei, e estou certo no senhor Yahushua, que nada é imundo em si mesmo" Isto quer dizer que não ha mais distinção entre carnes limpas e carnes imundas?

     Palavras diferentes para 'imundo’ - A palavra grega traduzida aqui como "imundo" é koinov - koinos, que significa "comum". Esta mesma palavra e também em sua forma verbal koinow - koinoo, que significa "sujar" ou "profanar" é usada em Marcos 7:2-23, donde o tema claramente é a "impureza" cerimonial, pois os discípulos comeram sem antes ter lavado as mãos. Alguns usam também esta passagem em Marcos para dizer que Yahushua aboliu toda distinção entre alimentos puros e impuros; no entanto, o contexto deixa claro que o tema é a impureza cerimonial devido os discípulos não terem lavado as mãos. É fácil verificar que koinos e sua forma verbal koinoo são usadas ao longo do “Novo” Testamento com relação à impureza cerimonial, não aos tipos de carne imunda mencionados no Tanach (O Testamento).

     No “Novo” Testamento, para se referir às carnes imundas é usado um vocábulo grego diferente: akayartov akathartos = não purificado, sujo, imundo. Na versão dos Setenta (a versão grega do Primeiro Testamento que estava em uso nos tempos de Shaul (Paulo) se usa a palavra akathartos para designar as carnes impuras que estão listadas em Levítico 11. Ambos os vocábulos,  koinos e  akathartos , são usados na descrição que se faz da visão que teve Kefah (Pedro) do lençol no qual havia muitas classes de animais (Atos 10). O mesmo Kefah (Pedro) fez distinção entre os dois tipos ao usar os dois vocábulos em Atos 10:14. Depois que lhe é dito: "Mata e come", Kefah (Pedro) respondeu: "Nunca comi coisa alguma comum (koinos) ou imunda” (akathartos). Quase todas as traduções fazem distinção entre os significados destas duas palavras que são usadas aqui.
   
     Quando Shaul, em Romanos 14:14, disse: "Eu sei... que nada é de si mesmo é imundo” usou o termo grego koinos, que significa comum ou cerimonialmente impuro, estava dizendo o mesmo que disse em1 Coríntios 8: Que o fato de que animais limpos foram sacrificados aos ídolos não fazia sua carne inapropriada para o consumo do homem. Como pode ser visto no contexto, Shaul não estava se referindo de nenhuma maneira às restrições dietéticas que se encontram na Toráh.

    No versículo 20, Shaul declara que "na verdade tudo é limpo". A palavra traduzida como "limpas" é kayarov katharos = limpo, puro, que significa "livre de ingredientes ou misturas impuras, sem defeito ou mancha". O tema das carnes “limpas” não é tratado no “ Novo” Testamento, de modo que não ha uma palavra que se aplique especificamente a elas. A palavra katharos é usada para descrever toda classe de limpeza e pureza, incluído pratos “limpos” (Mateus 23:26), corpos “limpos” (João 13:10), roupa “limpa” (Apocalipse 15:6; 19:8, 14), religião “pura” (Tiago 1:27), e ouro “puro”, vidro “limpo” (Apocalipse 21:18), alem de outras coisas.

     É necessário notar que em ambos os versículos, Romanos 14:14 e 14:20, a palavra comida ou carne não se encontra no texto grego; quer dizer, não se menciona nenhum caso específico. O sentido destes versículos é simplesmente que: "nada é imundo - koinos = comum, cerimonialmente impuro em si mesmo" e que "todas as coisas na verdade são limpas katharos - livre de impurezas, sem mancha ou falha".

     Mais uma vez podemos ver que Shaul não está se referindo aqui a carnes limpas ou imundas, senão a comida que podia ter sido oferecida a ídolos e que por conseqüência, seria considerada inapropriada como alimento por alguns membros da Congregação. O que Shaul quer deixa claro aqui é que qualquer associação de comida com cerimônias idólatras não altera em nada, por este ato, suas propriedades como alimento.

     QUE DIREMOS DO SHABAT? - Quando Shaul disse: "Um faz diferença entre dia e dia, mas outro separa todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. "Rm.14:5  e "Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. O que come para o Senhor come, porque dá graças a YAHU; e o que não come para o Senhor não come e dá graças a YAHU.". vers. 6. O que ele queria dizer? Que não ha diferença entre o Shabat e os outros dias, ou que estamos em liberdade de escolher qualquer dia para observar como dia de descanso, como alguns afirmam? Devemos chegar a uma conclusão: se cada um resolvesse escolher o seu próprio dia de descanso o serviço da comunidade viraria uma bagunça! Mas perceba a diferença do versículo traduzido corretamente como está no grego. "Quem têm entendimento do dia do Senhor é sábio, e quem come para o Senhor come porque é grato a YAHU, e quem não come para o Senhor não come, e é grato a YAHU". vers. 6. O vocábulo Shabat não é mencionado em nenhuma forma nestes versículos. De fato, as palavras Shabat, dia santo ou festa não figuram em toda a carta. Aqui faz referencia simplesmente a "dias", não ao Shabat nem as outras Festas do Eterno.

     Que "dias", pois, são estes que Shaul menciona? Mais uma vez devemos buscar no contexto. Nos versículos 2 e 3 Shaul fala claramente a respeito do vegetarianismo, e continua com o tema no versículo 6 "O que come - e o que não come" e logo no versículo 21 "Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ". Porque escreveu acerca de "dias" nos versículos 5 e 6, imediatamente depois de que nos versículos 2 e 3 falou sobre diferenças entre vegetarianos e quem come carne? Não existe nenhuma conexão bíblica entre o Shabat e o vegetarianismo. Estes versículos têm que ser retirados de seu contexto para poder afirmar que Shaul estava falando a respeito do Shabat e das Festas do Eterno.

     Com respeito a esta passagem, o Expositor's Bible Commentary (Comentario bíblico para expositores) diz: "A estreita associação do contexto com o comer, sugere que Shaul tem em mente a observância de um dia especial, um tempo marcado especificamente para festejar ou para jejuar". Ao parecer, Shaul esta falando de um ou mais dias festivos romanos, durante os quais se faziam banquetes, ou se jejuava, o se abstinha de certos alimentos.

     Em relação com o argumento de que esta passagem mostra que o Shabat não é diferente dos demais dias, o Dr. Samuele Bacchiocchi faz a seguinte declaração: “Shaul aplica o principio básico 'o faz para YAHU' (14:6) somente no caso de 'o que faz caso de dia'. Nunca disse o oposto. 'o que julga iguais todos os dias, o faz para YAHU'. isto é, não deu oportunidade a ninguém em relação ao “dia”, que cada um faça como ache melhor. Em outras palavras, com relação à dieta, Shaul ensina que um pode honrar ao Eterno seja comendo ou abstendo-se (14:6), mas com relação aos dias, nem sequer aceita que a pessoa que considera todos os dias iguais o faça para YAHU. Revendo o texto traduzido corretamente veremos que Shaul não deu nenhuma indicação em relação ao “dia”, que cada um poderá fazer o que acha melhor. "Quem têm entendimento do dia do Senhor é sábio, e quem come para o Senhor come porque é grato a YAHU, e quem não come para o Senhor não come, e é grato a YAHU". vers.6.

     Assim, Shaul dificilmente dá seu apoio a quem estima todos os dias iguais. Dr. Bacchiocchi continua: “Se, como geralmente é suposto, o crente 'fraco' era o que observava o Shabat, Shaul haveria se considerado 'fraco', já que ele observava o Shabat e as outras festas bíblicas (Atos 18:4, 19; 17:1, 10, 17; 20:16). No entanto, Shaul se considera 'forte'.  “Mas nós que somos fortes devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos.”, Romanos 15:1Assim, ao falar da preferência entre dias, dificilmente poderia estar pensando na observância do Shabat. Outra prova desta conclusão é o conselho de Shaul: “Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente” Rm.14:5. “É difícil pensar que Shaul pudesse reduzir a observância de dias santos, como o Shabat, Pêssach (Páscoa) e Shavuot (Pentecostes), a um assunto de convicção pessoal, sem sequer explicar as razões para isso." (Samuele Bacchiocchi, The Sabbath in the New Testament [O Sábado no NovoTestamento], página 119).


     Continuando na questão do alimento. "Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que tem cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que YAHU criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis..." I Tm 4.1-3.

     Este texto é mais um que não pode ser aplicado aos Yahudim (judeus). Pois sem dúvida perceberemos que Shaul (Paulo) agora está fazendo referência ao Gnosticismo.

     O Gnosticismo era uma filosofia esotérica, uma religião de mistérios, que concorreu intensamente com o cristianismo no primeiro e no secundo século de nossa era. Eles ensinavam em síntese, que existiam dois mundos paralelos e ambíguos. Este mundo físico e histórico habitado pelos homens e o espiritual e metafísico habitado pelo criador e por anjos ou demiurgos (pequenos deuses). (este pensamento é influência do platonismo). Baseados neste conceito, eles entendiam que quanto mais eles se desligassem da vida terrena, mais próximo do Eterno e do mundo espiritual eles estariam. Assim eles seriam mais
pneumatikov - pneumatikos (espirituais) e menos sarkikov - sarkikos (carnais). Assim, eles praticavam o que nós chamamos de ascetismo. Abstiam-se de alimentos, do casamento, (sexo), de algumas bebidas, de festas, de alegrias terrenas, etc. Aparentemente isto parece bom, mas não é! A Bíblia nunca foi um livro de 'ascetismos', segundo o pensamento Hebraico, a abstenção de um prazer lícito pode ser tão pecado, quanto algo ilícito.
     Infelizmente estes gnósticos estavam enganados, e ensinaram a abstinência de Alimentos que YAHU criou. Algumas pessoas, dizem: "Viu? Shaul (Paulo) disse que a abstinência de alimentos é demoníaca!". Sem dúvida, a abstinência de "ALIMENTOS QUE YAHU NÃO PERMITIU". Mas, pergunto: O que é alimento segundo a Bíblia? Alimento segundo a bíblia é o descritos em Bereshit 1:29 (Gn.) “E disse YAHU: Eis que vos tenho dado toda a erva que dá semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto de árvore que dá semente, ser-vos-á para alimento”.

     Sabemos que o eterno permitiu ao homem após o pecado, o uso de animais em sua dieta, mas, essa não era e não é sua vontade original, já que antes do pecado, na perfeição, ELE declarou que: “ervas que dão semente e os frutos das árvores eram seu alimento”. O princípio é claro, "alimento". O problema dos Gnósticos é que eles estavam exigindo a abstinência de alimentos puros, pois estes YAHU criou para nossa alimentação. Não somente isto; ainda escravos de seus princípios ascéticos, ensinavam a abstinência do casamento, como se o sexo e a vida a dois fossem um problema espiritual. Um exemplo da influência do gnosticismo No cristianismo católico romano é o celibato dos sacerdotes.

Nosso conselho
Na permissão do PAI comida é o que realmente está descrito em Levítico 11. Animais podem ser tomados por comida, mas os "Alimentos que YAHU criou para nossa saúde" são descritos com clareza no trecho citado. Um princípio que pode ser vivido por crentes em Yahushua sem legalismos. Para aqueles que desejam um melhor aproveitamento dietético, aconselhamos a escolher a vontade do PAI, mas a sua permissão fica a critério de cada um. Se alimentar como era antes do pecado, ou adquirir todas as conseqüências dos erros após o pecado? 
 









QUESTÃO – TERIA SHAUL ENSINADO AOS GÁLATAS IR CONTRA A TORÁH?

      A interpretação do Cristianismo é que o livro de Gálatas indica que ninguém é capaz de cumprir os Mandamentos da Toráh com perfeição e que se tentarmos, seremos amaldiçoados. Este raciocínio está completamente fora de seu contexto original. Só existe uma forma coerente de interpretar as escrituras: a de harmonizar os textos, e não colocá-los em oposição. Portanto, se uma determinada passagem parece contradizer uma revelação anterior, temos que rever a leitura que estamos fazendo de tal passagem. Portanto, a única interpretação aceitável do Brit Hadasha (o “novo” testamento) é aquela na qual o mesmo não entra em contradição com o Tanach (O Testamento). Desta forma, cabe a pergunta: será que Shaul (Paulo) quis mesmo dizer que a Toráh não precisa mais ser cumprida, sendo que o Eterno disse que a Toráh permaneceria para sempre? Vamos analisar alguns pontos.

      Como os homens entram em contradição! Qual seria a resposta se perguntássemos a um pastor cristão se podemos casar com um irmão de sangue? Ou se somos mesmo obrigados a dar o dízimo? A resposta nós já sabemos. A verdade é que nenhum respaldo é encontrado no Brit Hadasha (“novo” Testamento) para dizer que não podemos nos casar com irmãos de sangue ou que ainda devemos dar o dízimo. É notório que estes ensinos estão no Tanach (chamado detupardamente de “velho” testamento). E se a Toráh foi abolida, tudo que estiver contida nela, não deve ser observado. Se levarmos em conta a interpretação tradicional do Cristianismo, então serei maldito se praticar qualquer ordem que esteja no “velho” testamento, “pois tudo foi abolido”, inclusive o dizimo.

Shaul amaldiçoou Timóteo?

“Todos aqueles, pois, que são das obras da Toráh (lei) estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da Toráh (lei), para fazê-las”. Gl.3:10

    Dois pontos precisam ser visto neste versículo:

ponto - Se de fato o livro de Gálatas nos indica que a circuncisão é maldição, então Shaul (Paulo) amaldiçoou Timóteo! “E chegou a Derbe e Listra. E eis que estava ali um certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia que era crente, mas de pai grego, do qual davam bom testemunho aos irmãos que estavam em Listra e em Icônio. Shaul quis que este fosse com ele e, tomando-o, o circuncidou, por causa dos Yahudim (judeus) que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego”. (Atos 16:3).
Esta pergunta já começa a nos dar indícios de que, ou Shaul não era uma pessoa confiável, ou o ato de circuncidar ou não, por si só, não era o que Shaul estava tratando em Gálatas.

ponto - Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da Toráh (lei). Para entendermos essa questão, é preciso entender o que é estar debaixo da Toráh (lei).   

“Ora, a finalidade desta notificação é o amor que procede de uma mente limpa, de uma boa consciência, e de uma fé não fingida. Desviando-se alguns, se entregaram a conversas vazias, querendo se passar por mestres da Toráh (lei) e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam. Sabemos, porém, que a Toráh (lei) é boa, se alguém a recebe e está de acordo com a Toráh legitimamente, sabendo porem: que a Toráh (lei) não foi destinada para o justo, mas para os que se desviaram da Toráh, para os insubordinados, destituídos de temor, pecadores, ímpios e profanos irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os prostitutos, para os sodomitas, para os seqüestradores, para os mentirosos, para os que juram com falsidade e para os que forem contra a sã doutrina”. 1Tm. 1:5-10. (Tradução correta do grego). Veja como o Shaul nesses versículos protege a Toráh.

“Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e sois reprovados pela Toráh (lei) como infratores da Toráh”. Tg. 2:9. (Tradução correta do grego).

 ”Que diremos pois? É a Toráh pecado? Não nunca se tornaria. Mas não se obtêm conhecimento do pecado, senão através da Toráh. Porque não perceberia a cobiça, senão pela Toráh, que fala, não cobiçarás”.Rm.7:7. (Tradução correta do grego).

     Como é importante recorrermos ao texto grego. Os versículos acima já esclarecem, iluminam e revelam a questão. Acredito que o querido leitor, já tenha entendido que, quem está debaixo da Toráh (lei), são os transgressores, os desobedientes da Toráh. Portanto é Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da Toráh”

AS INSTRUÇÕES DO ETERNO PODEM ADOECER? - “Porquanto, o que era impossível à Toráh (lei), visto como estava enferma pela carne, YAHU, enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne,”. Observação: se seguirmos o texto corrompido, Teremos uma idéia da Toráh negativa. A Toráh do Eterno pode enfermar e adoecer?
   
     O que Shaul esta afirmando é que o homem não vencia os pecados, ele o homem, é que estava enfermo pela transgressão da Toráh. “Porquanto, o que era impossível à Toráh (lei), visto como a carne estava enferma, YAHU, enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne, para que a justiça da Toráh (lei) se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”. Rm.8:3,4. (Tradução correta do grego).

     Ora, cumprimos os mandamentos de YAHU por ter nos conquistado por Seu grande amor, por ter enviado Seu Filho como propiciação, e através dele ter nos justificado. Daí, Shaul, define com precisão a finalidade da vinda de Yahushua: “para que a justiça da Toráh (lei) se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”.

    Devemos ter muito cuidado com a forma de se interpretar as Sagradas Escrituras; na verdade a grande confusão que ocorre na questão “graça e lei”. É justamente por causa das más interpretações. A Sã Doutrina acabou como “estando enferma”. Temos que definir definitivamente: a Toráh é a Sã Doutrina do Altíssimo ou é algo doente, ruim?


QUESTÃO – QUAL A MENSAGEM O ETERNO QUER TRANSMITIR ATRAVÉS DA CIRCUNCISÃO?

      O Altíssimo tem uma maneira peculiar de transmitir Sua vontade aos homens, para que eles entendam suas verdades. Através de figuras de linguagem, ELE estimula o raciocínio e nos revela o que deseja. Exemplo disso é a circuncisão; quando chamou a Abraham (Abraão) para fazer o pacto, Ele usou um sinal (uma figura de linguagem) para que nós entendêssemos a profundidade do que realmente Ele desejava, vejamos: “E estabelecerei o meu pacto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por pacto perpétuo, para te ser a ti por Ulhim, e à tua semente depois de ti.” Bereshit 17:7 (Gênesis). Devemos fazer uma interpretação. A que pacto o ETERNO está se referindo a Abraham e a sua descendência? Se observarmos as palavras, o contrato que ELE está oferecendo é: para te ser a ti por Ulhim, e à tua semente” E logo depois ELE diz qual a função da circuncisão: “Bereshit 17:11 (Gn.) “E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal do pacto entre mim e vós.”
      Mas o que YAHU quer revelar por meio da circuncisão? Sabemos que a retirada do prepúcio do membro, evita a proliferação de impurezas, mantendo o órgão (cabeça) limpo, evitando doenças; e nos parece claro que a sua mensagem é que, como a circuncisão mantém a cabeça limpa, o ETERNO deseja também que nossas mentes (cabeças), se tornem limpas. “Mas Yahushua, conhecendo os seus pensamentos, disse: Por que pensais mal em vossas mentes?” Mateus 9:4. “Porque da mente procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” Mateus 15:19.  

     Portanto, a ‘circuncisão do coração’ significa livrar-se dos pensamentos, das afeições ou nas motivações da pessoa de tudo o que é desagradável e impuro aos olhos de YAHU, e que torna a mente fechada e suja, impedindo que se torne a morada de YAHU e Yahushua.Yahushua respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu PAI o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.” Yahuhana 14:23 (João).  Do mesmo modo, os ouvidos que não são sensíveis e atentos para a obediência são chamados de “incircuncisos”. “A quem falarei e testemunharei, para que ouçam? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos e não podem ouvir; eis que a palavra de YAHU é para eles coisa ridícula; em vez de, nelas, se deliciarem” Yarmiyahu 6:10 (Jr.)At. 7:51.

      A circuncisão do coração era um requisito de YAHU até mesmo para os Yahushurul (israelitas) que já eram circuncisos na carne. Moshé disse a Yahushurul (Israel): “Circuncidai pois o prepúcio da vossa mente, e não mais endureçais a vossa cerviz” - “E YAHU teu Ulhim circuncidará a tua mente, e a mente de tua semente; para amares ao YAHU teu Ulhim com toda tua mente, e com toda a tua alma, para que vivas.” (De 10:16; 30:6). Yarmiyahu (Jeremias) lembrou a mesma coisa à nação nos seus dias. Circuncidai-vos para YAHU, e tirai os prepúcios da vossa mente, ó homens de Yahudáh (Judá) e habitadores de Yahushalaim (Jerusalém), para que a minha indignação não venha a sair como fogo e arda de modo que não haja quem a apague, por causa da malícia das vossas obras.” YarmiYahu 4:4 (Jr.)

     Queremos confirmar o cuidado que Shaul teve em demonstrar o que ele entendia sobre a circuncisão, há qual hora nenhuma ele a desconsiderou, analisemos o seu cuidado:

“Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a Toráh” Rm.2:25.
 
“Qual é logo a vantagem do Yahudim (judeu)? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de YAHU lhe foram confiadas” Rm.3:1,2.
“É alguém chamado, estando circuncidado? Fique circuncidado. É alguém chamado, estando incircuncidado? Não se circuncide. A circuncisão é nada, e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos mandamentos de YAHU”. 1Co.7:18,19.


QUESTÃO A ALGUMA LIGAÇÃO ENTRE A GRAÇA E A TORÁH?

Ø  GRAÇA (O PERDÃO IMERECIDO DO ALTÍSSIMO)
  
“sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há no MashYah Yahushua”. Rm. 3:24. 
    
     Antes de falarmos sobre perdão imerecido, devemos entender o que Shaul quer dizer com justificação. A palavra traduzida do grego é: dikaiow dikaioo = tornar justo ou com deve ser, mostrar, exibir, evidenciar alguém ser justo, tal como é e deseja ser considerado, declarar, pronunciar alguém justo, reto, ou tal como deve ser.

    Quando um pecador se arrepende de seus pecados, o seu primeiro passo é se aproximar do Altíssimo para lhe pedir perdão. Todos estamos cientes que o perdão imerecido (justificação) que o Eterno dará ao pecador, só poderá ser alcançado pela morte de Yahushua que é a manifestação do Amor do Pai. “Porque isto é bom e agradável diante de YAHU, nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham ao pleno conhecimento da verdade. Porque há um só Ulhim e um só mediador entre YAHU e os homens, Yahushua o MashYah, homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo”. 1Tm:2:3-6.
 
     YAHU nos justifica por meio de Seu filho, e não pela Toráh, pois pela Toráh ninguém pode ser justificado “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da Toráh (lei), mas pela fé em Yahushua o MashYah, temos também crido em Yahushua o MashYah, para sermos justificados pela fé no MashYah e não pelas obras da Toráh (lei), porquanto pelas obras da Toráh (lei) nenhuma carne será justificada”. Gl. 2:16.

     A grande verdade é: quem justifica, perdoa e purifica o homem de toda transgressão da Toráh por meio de Yahushua, é o PAI. “Pois, todos se desviaram do caminho da retidão e estão em falta no julgamento de YAHU, Tendo se tornados justos sem merecimento por Sua benevolência imerecida, através do resgate pelo MashYah Yahushua, A quem YAHU propôs em seu sangue, como oferta expiatória, através da convicção da verdade, para demonstrar a Sua justiça, Por ter YAHU na Sua tolerância deixado impune os pecados anteriormente cometidos; Com respeito à demonstração de Sua justiça no tempo presente por Ser justo e tornar justos os que crêem em Yahushua”. Rm.3:23-26. (Tradução correta do grego).

Tenha sempre em mente! Não se esqueça jamais! "Todo aquele que pratica o pecado também transgride a Toráh (Lei), porque o pecado é a transgressão da Toráh (lei)." 1 Yahuhana 3:4 (1João).
     Realmente a Toráh não pode nos justificar, ela é a convicção de YAHU, seu modo de pensar, são suas palavras, Sua própria conduta, YAHU é o Supremo, o Legislador de toda a Toráh, sendo ela a definição real do que Ele estabeleceu como verdadeiro, justo e bom, a essência eterna de YAHU; a Toráh não é o próprio Altíssimo, ela não é um ser que possa tomar a decisão de perdoar alguém, o Eterno sim é que pode declarar alguém justificado no Seu julgamento através de Yahushua o MashYah. YAHU é quem tem autoridade dessa decisão, e através da Sua própria Toráh Ele fará o julgamento. “Mas YAHU prova o Seu Amor para conosco em que o MashYah morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira”. Rm.5:8,9.

     Esse era o assunto central das cartas do apostolo Shaul, defender que a circuncisão ou qualquer outra instrução da Toráh não pode perdoar ninguém, isto é, tornar o homem justificado, perdoá-lo diante do Altíssimo. “Porque, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da Toráh (lei), porque pela Toráh vem o conhecimento do pecado”. Rm. 3:20.  Mas: “Porque, se, pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância do perdão imerecido e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Yahushua o MashYah. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio perdão imerecido sobre todos os homens para justificação da vida. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos”. Rm.5:17-19.
  
    Nesta passagem abaixo, vamos verificar que a questão central da mensagem de Shaul, é a justificação pela circuncisão, e como já declaramos anteriormente, não poderemos ser perdoados de nossos pecados por outro meio a não ser pelo Filho de YAHU.

“Estai, pois, firmes na liberdade com que o MashYah nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão. Eis que eu, Shaul, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, o MashYah a ninguém assistirá. E, de novo afirmo a todo homem que se circuncidar que está devedor a guardar toda a Toráh (lei). Separados do MashYah, tornaram-se inoperantes, vós os que querem se justificar pela Toráh (lei); do perdão imerecido tendes caído. Porque nós, pelo espírito da fé, aguardamos a esperança da justiça. Porque, no MashYah Yahushua, nem a circuncisão nem a incircuncisão têm virtude alguma, mas, sim, a fé que opera pelo amor”. Gl.5:1-6. O que ele queria dizer com estas palavras? Certamente que se colocarem a circuncisão como meio de justificação, então seria o prepúcio de um membro que estaria cravado no madeiro para nos perdoar de toda transgressão da Toráh, e não Yahushua o MashYah. Separados do MashYah, tornaram-se inoperantes, vós os que querem se justificar pela Toráh (lei); do perdão imerecido tendes caído. Gl.5:4. (Tradução correta do grego).

      Ao sermos justificados por Yahushua, passamos a ter uma nova mente, capaz de amar a YAHU e por amor a Ele andar de acordo com os ensinamentos da Toráh, para nos tornarmos justos, retos e íntegros: "Anulamos então a Toráh pela fé? De modo nenhum! Pelo contrário, confirmamos a Toráh." Rom.3:31 -“Porque qualquer que pecar sem a Toráh, também sem a Toráh será destruído, e qualquer que com a Toráh desviar-se do caminho da retidão através da Toráh será condenado. Porque os ouvintes da Toráh não são inocentes diante de YAHU, mas, os que praticam a Toráh se tornam justos”. Rm.2:12,13.

     Portanto, por nenhum outro meio poderá ser alcançado o perdão (justificação), a não ser pela graça (perdão imerecido). Lembremo-nos que Alguns Yahudim (Judeus) consideravam que a circuncisão era requisito importante para ser salvo.

     Como se torna serio a meditação e a compreensão da palavra, Yahushua morreu por nós para nos resgatar da morte, deu a sua vida pelo desejo do Pai. “Nisto se manifestou o amor de YAHU para conosco: que YAHU enviou Seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a YAHU, mas em que Ele nos amou e enviou Seu Filho para propiciação pelos nossos pecados”. 1Yahuhana 4:9,10. (João).

     Em razão disso: É pecado a tentativa de ser perdoado pela circuncisão! Em outras palavras, alcançar a Justificação através dela. Embora a circuncisão faça parte da Toráh, ela era e é um sinal da obra que Yahushua realiza em nós; e será um grande e grave erro, qualquer um tentar desfazer da direção dos planos e propósitos do Pai. Foi o Todo-Poderoso quem planejou desta maneira a nossa redenção. “no qual também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo da carne: a circuncisão do MashYah”. Cl. 2:11 - “Digo, pois, que Yahushua o MashYah foi servo da circuncisão, por causa da verdade de YAHU, para que confirmasse as promessas feitas aos pais; Rm. 15:8. 

“Mas, vindo o MashYah, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue do MashYah, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a YAHU, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes a YAHU vivo? E, por isso, é Mediador de uma nova aliança, para que, intervindo a morte para remissão das violações que estavam contra a primeira aliança, os chamados recebam a promessa da herança eterna. Hb.9:11-15.
    
     Por esta razão, vem a indignação de Shaul que chega a dizer: “Eu, porém, irmãos, se ainda prego a circuncisão, por que continuo sendo perseguido? Logo, está desfeito a armadilha da cruz. Tomara até se mutilassem os que vos incitam à rebeldia”. Gl.5:11,12.
 
      Percebeu a diferença? YAHU estabelece Seu Filho para nos perdoar, e o homem coloca um mero pedaço de carne do membro masculino para nos justificar. Isto era o absurdo que incomodava Shaul.  “felizes são aqueles cuja a transgressão da Toráh é perdoada, e cujos pecados são cobertos. Feliz o homem a quem YAHU não encontra pecado. Vem, pois, esta benção sobre a circuncisão somente ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos que a fé foi imputada como justiça a Abraham. Como lhe foi, pois, imputada? Estando na circuncisão ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas na incircuncisão”. Rm.4:7-10 - “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com YAHU por nosso Senhor Yahushua o MashYah”. Rm.5:1. (Tradução correta do grego).


Ø  A TORÁH (OS MANDAMENTOS DO ALTÍSSIMO)

“A circuncisão é nada, e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos Mandamentos de YAHU”. 1Co. 7:19.

“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu tenho guardado os Mandamentos de Meu Pai e permaneço no Seu Amor”. Yahuhana 15:10.

     A maior parte da cristandade declara que o Tanach (O Testamento), é velho e daí não precisa ter compromisso com o que está escrito nele. Muitos disfarçam um compromisso com sua leitura, só para promover as suas pregações que lhes trarão gloria para sua ostentação. E também o utilizam para tirar proveito com seus interesses gananciosos. 
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si mestres conforme as suas próprias concupiscências”. 2 Tm. 4:3 - E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos mestres, que introduzirão com astúcia heresias que causará dissensões destruidoras e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição”. 2 Pe. 2:1.

     Quem é discípulo de Yahushua não divide, tem amor, é temperante! Não persegue, mas, é perseguido, não agride, mas, é agredido. “Nisto todos conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. João 13:35. - Por isso, diz também a sabedoria de YAHU: Profetas e apóstolos lhes mandarei; e eles matarão uns e perseguirão outros”. Lc. 11:49. 
  
     Durante séculos foi ensinado que somente o que está escrito no “NT” é o que basta, e que ele por si só já tem autoridade e quantidade suficiente de ensinos para os crentes. Mas será isto verdade? Consta no "NT" tudo aquilo que é necessário para ensinar, exortar e guiar um crente no caminho de servir ao Eterno? Quando vemos Yahushua, o mestre, ensinando, qual seria a fonte para seus ensinamentos? O “Novo” Testamento? NÃO! A coleção de livros que nem sequer havia sido formada? Seria tudo da cabeça dele? NÃO! Ele usava o Tanach!

     Isto é visto claramente quando Ele diz: Ouviste ou Está escrito. Yahushua disse: “Se ele chamou Ulhim àqueles a quem foi dirigida a palavra de YAHU, e a Escritura não pode ser anulada”. Yahuhana 10:35 (João).
“Yahushua, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de YAHU”. Mt.22:29.

    Da mesma forma Shaul (Paulo), sempre utilizou os Kitvei HaKodesh (Escritos Sagrados). Com toda certeza em suas cartas quando falava contra as leis rabínicas ou doutrinas de homens ele estava lutando em defesa da verdadeira doutrina da Toráh! Criticava a circuncisão justificativa. Por exemplo, ele tinha em mente o verdadeiro sentido da mesma Toráh que é descrito no livro de Bereshit (Gn.). Shaul disse a Timóteo:

“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há no MashYah Yahushua. Toda Escritura inspirada por YAHU é proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de YAHU seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.” II Timóteo 3:14-17. Estaria Shaul fazendo referencia ao “Novo” Testamento, logicamente que não! Nesta época nem sequer o “NT” existia tal como o conhecemos. Shaul estava se referindo ao TaNaKh ou seja, Toráh (Pentateuco) + Neviim (Profetas) + Ketuvim (Escritos).

Mais testemunhos de Shaul em relação à Toráh:

“E logo os irmãos enviaram de noite Shaul e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos Yahudim (judeus). Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim”. At.17:10,11.

“Porque tudo que foi escrito antes, para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança”. Rm.15:4.

“Ordeno-te diante de YAHU, que todas as coisas vivifica, e do MashYah Yahushua, que diante de Pôncio Pilatos deu o testemunho de boa confissão, que atendas cuidadosamente o mandamento sem mácula e irrepreensível, até a aparição de nosso Senhor Yahushua o MashYah”. 1Tm.6:13,14.

“Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. Porque a palavra de YAHU é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dEle; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos Olhos daquele com quem temos de tratar. Hb.4:11-13.

 O testemunho de Kefah (Pedro)

“E temos mui firme, a palavra profética, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração, sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de YAHU falaram inspirados pelo Espírito Santo. E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão secretamente divisões destruidoras e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade; e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita”. 2Pe.1:19-21; 2:1-3

     Portanto, é um absurdo chamar AS SAGRADAS ESCRITURAS de “Velho” Testamento. Mas devido à quantidade de entulho que colocaram na mente dos crentes durante cerca de 1800 anos de doutrinas heréticas vindas do romanismo em especial, acabaram praticamente tirando toda a chance de compreender as Escrituras de uma forma correta. Esse foi o meio que satan encontrou, para criar doutrinas heréticas, como antinomianismo, ou seja, doutrinas anti-Toráh. Não podemos desvincular a relação da Toráh com Ketuvim Netsarim (“Novo” Testamento), porque toda ela é Kitvei HaKodesh (Escritos Sagrados).

“E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom, senão um só que é YAHU. Se queres, porém, entrar na vida, atenda cuidadosamente os mandamentos”. Mt. 19:17. 

“E o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que atendem cuidadosamente os mandamentos de YAHU e têm o testemunho de Yahushua o MashYah”. Ap. 12:17. 

“Aqui está à perseverança dos santos; os que atendem cuidadosamente os mandamentos de YAHU e a fé em Yahushua”. Ap. 14:12.

QUESTÃO - A ANTIGA ALIANÇA FOI REMOVIDA?
"Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até o dia de hoje, quando (os Yahudim) fazem a leitura da Antiga Aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, no MashYah, é removido" 2Co. 3.14.

 “Mas os pensamentos deles endureceram; pois até hoje sobre o conhecimento da antiga aliança o mesmo véu permanece, não retiraram o véu que no MashYah se torna inoperante”. (tradução correta do grego).  

      Outro problema de interpretação tendenciosa. Muitos pregadores fazem uma aplicação deste texto, como se a Antiga Aliança tivesse sido abolida por Yahushua, afirmando ainda que no “MashYah a Antiga Aliança é removida”. Não há nada pior do que sermos desonestos com o que está claro no texto. Não podemos ir a um texto das escrituras com uma “teologia” formada, mas devemos conhecer à sabedoria nas Escrituras.

     Novamente um problema de contexto, no versículo 13 Paulo diz:
"Não somos como Moshé, que punha VÉU sobre a face, para que os filhos de Yahushurul (Israel) não vissem o final do que desvanecia". Observe que Shaul neste versículo faz um comentário sobre o véu que Moshé teve que pôr sobre seu rosto a fim de que ninguém olhasse para ele, pois sua face estava resplandecendo, quando da sua descida do Monte Sinai com as segundas Tábuas da Toráh. Mas, no versículo 14 ele explica o motivo deste comentário. Claramente ele continua: "o mesmo véu permanece". Na verdade Shaul (Paulo) está querendo dizer, que os Yahudim (judeus) estão com seus sentidos espirituais inativos, eles estão cegos, pois não perceberam que Yahushua é o MashYah, pois se eles tivessem fé nele, este "VÉU" e não a "ANTIGA ALIANÇA" seria removido.

     Shaul ainda complementa: "Mas até hoje, quando é lido, Moshé e o véu está posto sobre a mente deles. Quando, porém, algum deles se converte a YAHU, o véu lhe é retirado" (v.15 e 16). Está claríssimo, que a referência de Shaul no texto não está sendo aplicada a uma suposta remoção da “Antiga Aliança”, mas a remoção da cegueira espiritual dos Yahudim (judeus) quanto à revelação de Yahushua. O apóstolo demonstrou isto claramente em Atos 13.14 e seguintes, em uma sinagoga em Antioquia, exatamente na leitura da Toráh e dos Profetas.

    Tratamos do assunto dos versículos de 13-15 que está em questão, mas queremos tratar também do contexto anterior a estes versículos. Vamos pesquisar os sentimentos de Shaul pelos irmãos da cidade de Coríntios e a sua consideração pelo trabalho realizado neles, e do porque ter inserido em seu testemunho a questão de Moshé:

     Primeiro - Voltando um pouco no texto, Shaul está declarando que era fiel a Toráh. “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de YAHU; mas, falamos do MashYah na presença de YAHU com sinceridade, mas como de YAHU.

     Segundo - Havia quem censurasse Shaul por elogiar a si mesmo (2Co.5:12), ao passo que outros pregadores precisavam apresentar cartas de recomendação das comunidades (At.18:27; Rm.16:1; Cl.4:10) “Comecei outra vez a estabelecer a mim mesmo? Ou necessito como alguns de carta de recomendação, para vocês ou recomendação de vocês?” 2Co.2:17; 3:1. Alguns membros da congregação pareciam contestar a autoridade do apostolado de Shaul. E em sua defesa, expressa os seus cuidados diante da situação que se agravou (2Co.10:1-12; 11:1-15).

     Terceiro - Há aqui um jogo de palavras que demonstra claramente, que a obra de evangelização que Shaul realizou nesta congregação através do MashYah Yahushua, foi a conquista de imprimir os mandamentos nas mentes dos fiéis. Não em pedra, não com tinta, isto é, não SÓ ESCRITO, mas, OBEDECIDO. “Vós sois a nossa carta, escrita em nossas mentes, conhecida e lida por todos os homens, porque já é manifesto que vós sois a carta do MashYah, ministrada por nós e escrita não com tinta, mas com o poder de YAHU vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne, na mente. E é pelo MashYah que temos tal confiança em YAHU”. 2Co.3:2-4.

     Concluindo. A ação do MashYah pelo poder de YAHU trás vida ao homem. Porque a Toráh de YAHU é escrita em nossas mentes trazendo-nos a Sua vida em abundância. Portanto como podemos ver: o texto comentado não fundamenta de nenhuma maneira, a rejeição a Toráh do Altíssimo. “E vos darei uma mente nova e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei a mente de pedra da vossa carne e vos darei uma mente de carne. E porei dentro de vós o Meu espírito e farei que andeis nos Meus estatutos, e guardeis os Meus juízos, e os pratiqueis”. YAchezeqeUl. 36:26 (Ez.).

“Então, disse YAHU a Moshé: Sobe a mim, ao monte, e fica lá; e dar-te-ei tábuas de pedra, a Toráh (lei), e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinares”. Shemot 24:12 (Êx.)

QUESTÃO - "os profetas e a lei profetizaram até Yahuhana (João)" Mt. 11.13

     Este texto, infelizmente é mal interpretado por alguns supondo que a Toráh só teve duração até Yahuhana o Imersor (João Batista). A pergunta que se deve fazer ao ler este texto é:
     Profetizaram o quê? Todos os profetas e a Toráh profetizaram o MashYah. “E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o MashYah padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras” Lucas 24:25-27. Pela tradição dos Yahudim, o profeta Uliyahu (Elias) viria para anunciar o MashYah, encerrando as profecias concernentes à sua manifestação. Tanto é assim que pelo contexto (v.14) diz: "E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Uliyahu (Elias), que estava para vir". Sim, esta é a profecia que se encerra com Yahuhana (João). Os profetas que anunciavam a vinda do MashYah não precisariam continuar profetizando a vinda do MashYah se Ele já veio! Por isso que as profecias se encerraram em Yahuhana (João) o ultimo profeta que anunciou a sua vinda.

      A interpretação errada deste texto está em afirmar que a Toráh e os Neviim (profetas) perderam seu valor em Yahuhana (João). Esta é uma interpretação tendenciosa e sem sentido. Para piorar a situação a Versão Almeida Revista e Atualizada, edição largamente utilizada entre evangélicos no Brasil, em Lucas traz uma tradução diferente do original: “A Lei e os Profetas vigoraram até João...” (Lucas 16.16 – ARA). Mas, uma vez uma demonstração clara da tendenciosidade de algumas traduções cristãs em relação à Toráh (lei).

 Vejamos como está no original grego:

O molor jai oi pqovgtai  eyr Iyammou upgqwomû - “Ho nomos  kai ho prophetes  heos Ioannes” Literalmente: “A Lei e os profetas até Yahuhana. Dalí em diante, as boas novas do Reino de YAHU é a todo que se esforça para ele”. (tradução nossa) É evidente que não existe a palavra “vigoraram”, no original. Simplesmente o tradutor inseriu sua teologia antinominista (contra a Toráh) em sua versão, subtendendo que a Toráh e os Profetas tiveram validade até Yahuhana o Imersor (João Batista), o que sem dúvida é um grande erro, conforme vimos nos comentários iniciais.




QUESTÃO – Quando Yahushua se tornou o nosso ministrante (sacerdote), mudou a Toráh?

"Pois quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei - “Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade" Hb 7.12 e 18.

     Em que aspecto houve mudança de lei? Se observarmos com cuidado o contexto perceberemos que o autor trata da substituição da Toráh (lei) do sacerdócio Levítico por um sacerdócio superior, conforme Tehilim 110:4 (Sl.) que é citado no versículo 17 que diz: "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Malkhy-tsedeq”. (Melquisedeque). Esta declaração é ao sacerdócio de Yahushua, e o sacerdócio Levítico é inferior a ele. Por isso diz ainda o versículo 14: "pois é evidente que nosso Senhor procedeu de Yahudah (Judá), tribo à qual Moshé nunca atribuiu sacerdotes".
    
     Yahushua não podia exercer sacerdócio segundo a carne, pois este ofício era restrito na terra aos da tribo de Levi, e ele é da tribo de Yahudáh (Judá). Portanto, ele exerce superior sacerdócio junto ao PAI segundo o modelo, de Malkhy-tsedeq que na verdade era uma figura de Yahushua, pois ele exercia duas funções em seu reino. Tanto ele era rei como sacerdote. Pois o sacerdócio de Yahushua: "não segundo a regra de uma lei corpórea, mas de acordo com o poder de uma vida imperecível" (v.16).

    Percebemos então que Yahushua é um sumo sacerdote, cujo serviço é prefigurado em Malkhy-tsedeq, é superior ao sacerdócio Levítico. Sendo assim, a lei da Toráh que dizia que só os sacerdotes levitas podiam se achegar em intercessão a YAHU foi suplantada por um sacerdócio celestial e superior. Por isso ainda diz: "Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus” - ”Porque a Toráh constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a Palavra do juramento, que foi posterior à Toráh (lei de sacrifícios), constitui o Filho, perfeito para sempre" Hb 7.26 e 28. A palavra do juramento se refere à promessa que o Eterno fez no Salmo 110.4: "YAHU jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Malkhy-tsedeq", este juramento perpetua o sacerdócio de Yahushua.

“De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (porque sob ele o povo recebeu a Toráh, lei de sacrifícios), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Malkhy-tsedeq, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão? Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da Toráh (lei de sacrifícios). Porque aquele de quem essas coisas se dizem pertence à outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar, visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Yahudáh (Judá), e concernente a essa tribo nunca Moshé falou a respeito de sacerdócio. Hb.7:11-14 – “Pois tornou-se certamente anulada a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade, porque a Toráh (de sacrifícios) a ninguém aperfeiçoou, além do mais, foi introduzida posteriormente a esperança mais excelente, através da qual nos aproximamos de YAHU”. Hb.7:18,19. (tradução correta do grego).

“Mas agora alcançou um serviço mais excelente, quanto é mediador de mais excelente aliança, de qualquer decreto da Toráh, sobre mais excelente promessa. Porque, se aquela primeira estivesse sem defeito, não se estaria exigindo lugar para a segunda. Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz YAHU, em que realmente concluirei a nova aliança sobre a casa de Yahushurul (Israel) e com a casa de  Yahudáh (Judá), não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; pois eles não permaneceram na Minha aliança, e Eu não atentei para eles, diz YAHU. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Yahushurul (Israel), depois daqueles dias diz YAHU: ao seu entendimento darei a Minha Toráh e em suas mentes as escreverei; e Eu lhes serei por Ulhim, e eles Me serão por povo”. Hb.8:6-10. (tradução correta do grego).

 “Mas digo isto: que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por YAHU, a Toráh (lei de sacrifícios), que veio quatrocentos e trinta anos depois, não o invalida, de forma a abolir a promessa. Porque, se a herança provém da Toráh (lei de sacrifícios), já não provém da promessa; mas YAHU, pela promessa, a deu gratuitamente a Abraão. Logo, para que é a Toráh (lei de sacrifícios)? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem a promessa tinha sido feita, e foi prescrita pelos anjos em ação do mediador. Ora, o mediador não é um? E Ulhim é um! Logo, a Toráh (lei) é contra as promessas de YAHU? De modo nenhum; porque, se dada fosse uma Toráh (lei de sacrifícios) que pudesse vivificar, a integridade, na verdade, teria sido pela Toráh (lei de sacrifícios). Mas a Escritura trancou tudo debaixo do pecado, para que pela fé em Yahushua o MashYah fosse dada a promessa aos que creem”. Gl.3:17-22 – “Porque há um só Ulhim e um só mediador entre YAHU e os homens, Yahushua o MashYah, homem”. 1Tm.2:5.

     Concluímos que não foi a Toráh que foi suplantada, mais uma lei da Toráh, a lei do sacerdócio Levítico de sacrifícios de animais que deu lugar ao sacerdócio superior, o de Yahushua o MashYah nosso Cordeiro da Pessach (páscoa). Mesmo assim, observe que o princípio de mediação através de um sacerdote foi mantido. Este princípio está na Toráh; à necessidade de um mediador.

Nota: Malkhy-tsedeq foi o Sacerdote-Rei de Salém (Bereshit 14.18-20) (Gn.) que abençoou a Abraham. Uma doutrina judaica do Século diz que ele foi uma prefiguração do MashYah. Salém era o antigo nome de Yahushalaim (Jerulém), cuja raiz vem de Shalom (Paz), e Malkhy-tsedeq vem do hebraico, que pode ser traduzido como: Rei da Justiça.

10º QUESTÃO - A ALIANÇA FOI ABOLIDA E FOI CRIADA UMA ALIANÇA?  

     É necessária uma revisão cautelosa dos conceitos teológicos que foram adotados pelos cristãos e também pelos Yahudim que afirmam que Shaul era contra a Toráh. Criticamos ao dogmatismo dispensacionalista, que insiste em dividir a Bíblia em duas principais dispensações (ainda há mais 5 dispensações bíblicas), a dispensação da lei (mosaica) e a dispensação da graça. Estes conceitos são aceitos como quase canônicos, mas em nenhum momento Shaul ou os apóstolos dividiram as escrituras desta forma. Obviamente, porque esta divisão nunca existiu na era apostólica (I séc.).

     Não podemos desassociar a Toráh (lei) da Aliança. A imagem que um cristão geralmente tem é que a Nova Aliança é um pacto de "graça" enquanto a Primeira Aliança é de "lei". Esta idéia é imprecisa, pois quando a Nova Aliança foi prometida pelo Eterno através do profeta YarmiYahu (Jeremias) que é confirmada pelo próprio autor da carta aos Hebreus o Eterno disse:
“firmarei Nova Aliança com a casa de Yahushurul (Israel) e com a casa de Yahudah (Judá) – porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Yahushurul (Israel) depois daqueles dias, diz YAHU: em seu interior imprimirei a Minha Toráh (lei), e também sobre suas mentes as inscreverei". Jr 31.31-34 e Hb 8.8,10.

     A Nova Aliança não é uma aliança sem Toráh (lei). Então o que muda? Ou em que aspecto a Nova Aliança é melhor que a primeira? Ela é melhor e diferente porque a Toráh agora muda de posição. Antes, ela estava em tábuas de pedras, (e quanto ter sido escrita na pedra é um simbolismo. O Altíssimo queria revelar, como é duro o coração do homem, mais duro que uma pedra) Mas, graças ao sangue da Nova Aliança, hoje a Toráh está impressa na mente de todo aquele que é fiel a YAHU e a Yahushua o MashYah; mentes regeneradas e desejosas de receberem voluntariamente os preceitos eternos.

     O dispensacionalismo: Escola teológica que insiste dividir as escrituras em múltiplas dispensações, ou períodos, onde YAHU agia de forma diferente.
Destacam-se J.N. Darby 1830, Scholtfield, Charles Ryrie, Stanley Horton, Dwint Pentecost,  etc. Donde surgiu a idéia de sete dispensações: Inocência, Consciência, Governo Humano, Monarquia, Lei, Graça e Milênio. A Bíblia nunca se dividiu desta forma. A Bíblia descreve alianças ou pactos. Mesmo assim, um pacto nunca aboliu o outro, por isso Shaul (Paulo) disse que os gentios no MashYah foram aproximados das ALIANÇAS: “naquele tempo, estáveis sem o MashYah, separados da comunidade de Yahushurul (Israel) e estranhos às ALIANÇAS DAS PROMESSAS - Mas, agora no MashYah Yahushua, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue do MashYah”. Ef. 2.12 e 13.
"Anulamos a Toráh pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a Toráh" Rm. 3.31.

A QUESTÃO DE ATOS 15

“Então alguns que tinham descido de Yahudah ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes, segundo o rito de Moshé, não podeis ser salvos”. At.15:1

     Em primeiro lugar temos que entender o que estes homens estavam exigindo. A palavra “salvos” no texto, não está se referindo a salvação do homem no sentido de Vida eterna, a palavra grega usada no texto de atos 15 é: swzw -  sozo = salvar, conservar são e salvo, preservar,não matar, perdoar, guardar, guardar na memória, observar, estar a salvo, curado, existir. Esta palavra trás a idéia do primeiro socorro, do resgate, do perdão. A palavra normalmente usada nos manuscritos gregos para salvação do homem, que define a vida eterna, é: swthria - soteria = salvação, preservação, conservação, retorno feliz, meio de salvação, segurança, existência, felicidade.

     Algumas passagens nos ajudarão a compreender o significado destas duas palavras, e o que cada escritor dos textos bíblicos queria transmitir. Nestas passagens está sendo anunciada a autoridade de Yahushua como Mestre e Senhor, o escolhido de YAHU para a salvação do homem. A posição de Yahushua como salvador tem duas características:
    
     A primeira se refere ao momento que o homem precisa ser perdoado de seus pecados. swzwsozo = o resgate, o perdão. “A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome”. At. 10:43. 

     A segunda se refere à certeza de que pela obediência e testemunho de Yahushua, alcançamos por meio dele e também pela nossa obediência aos Mandamentos do Pai a vida eterna. “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor”. Yahuhana 15:10 (Jo.) - “E o testemunho é este: que YAHU nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho”. 1 Yahuhana 5:11 (1 Jo.) - “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de YAHU sobre ele permanece”. Yahuhana 3:36 (Jo). 

     Em Atos 4:10-12, Kefah (Pedro) faz um discurso a respeito da salvação por meio de Yahushua, no versículo 12 ele usa as duas palavras gregas para compor seu entendimento acerca da salvação, vejamos: “Seja conhecido de vós todos e de todo o povo de Yahushurul (Israel), que em nome de Yahushua o MashYah, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem YAHU ressuscitou dos mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação (soteria = preservação), porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos (sozo = resgatados)”. Atos 4:10-12. Portanto, tanto Kefah (Pedro) como Shaul, declaram que o perdão e a vida eterna dependem exclusivamente da missão Yahushua. 

“porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus. A vós também, que noutro tempo éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora, contudo, vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, para, perante Ele, vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis”. Cl.1:19-22.

     Outro exemplo para comparação: “os quais em outro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de YAHU esperava nos dias de Noach (Noé), enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água”. 1Pe.3:20. Aqui neste caso é usada a mesma palavra grega com o prefixo dia dia = através de.  diaswzw - diasozo = preservar em meio ao perigo, conduzir são e salvo através de, salvar, curar alguém que está doente, restaurá-lo, salvar, livrar de perecer, socorre.

     Em Atos 15 essa questão terá que ser resolvida pelos apóstolos. Para entender o que ocorreu naquela reunião e a decisão que chegaram, é preciso compreender qual era o problema. A posição do Shaul (Paulo) não está apresentada nesta reunião, apenas a posição de seus oponentes é mencionada de forma clara.


     Se pesquisarmos todas as cartas de Shaul, aonde ele faz menção que a justificação só pode ser recebida por meio de Yahushua, ele está combatendo os fariseus que haviam crido, mas insistiam que a circuncisão (uma regra da Toráh) deveria ser requisito para a justificação. “Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a Toráh (lei), mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne. Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser no madeiro de nosso Senhor Yahushua o MashYah, pela qual o mundo está executado para mim e eu, para o mundo”. Gl.6:13,14.
   
      Então de princípio, chegamos à conclusão que o requisito para ser justificado pelo Altíssimo, é o perdão pelo sacrifício expiatório de Yahushua. Mas ao seguirmos o assunto em questão, veremos mais alguns pontos importantes a serem observados para tirar as confusões geradas por causa desse acontecimento em Atos 15. Seguiremos o assunto passo a passo:

“Tendo Sha'ul e Bar Nabba contenda e não pequena discussão com eles, os irmãos resolveram que Sha'ul e Bar Nabba e mais alguns dentre eles subissem a Yahushalayim, aos apóstolos e aos anciãos, por causa desta questão. Eles, pois, sendo acompanhados pela congregação por um trecho do caminho, passavam pela Fenícia e por Shomeron, contando a conversão dos gentios; e davam grande alegria a todos os irmãos. E, quando chegaram a Yahushalayim, foram recebidos pela congregação e pelos apóstolos e anciãos, e relataram tudo quanto Ulhim fizera por meio deles. Mas alguns da seita dos P'rushim (fariseus), que tinham crido, levantaram-se dizendo que era necessário circuncidá-los e mandar-lhes observar a Toráh de Moshé. At.15:2-5.

     Se observarmos o versículo 5, teremos mais um ponto interessante para analisarmos. O que parece em questão agora não é somente o fato da circuncisão, mais também a pratica da Toráh na vida dos gentios. E o que vamos perceber é que havia outra decisão a ser tomada diante da conversão daqueles que não tinham nenhum conhecimento das instruções do Eterno na Toráh, e estavam para iniciar um relacionamento com a assembléia dos santos. Prossigamos:

“Congregaram-se pois os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto. E, havendo grande discussão, levantou-se Kefah e disse-lhes: Irmãos, bem sabeis que já há muito tempo Ulhim me elegeu dentre vós, para que os gentios ouvissem da minha boca a palavra do evangelho e cressem. E YAHU, que conhece as mentes, testemunhou a favor deles, dando-lhes o poder sagrado, assim como a nós”. E não fez distinção alguma entre eles e nós, purificando as suas mentes pela fé. 6-8.

     Kefah (Pedro) passa a contar-lhes a experiência que teve com a casa de Cornélio (Atos 10-11).  Ele apresenta provas de que o perdão (justificação) e a santificação da mente pela Toráh ocorrem antes da circuncisão. Como em outra ocasião anterior declarou: “E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o poder sagrado, que YAHU deu àqueles que lhe obedecem”. At.5:32.

“Agora, pois, por que tentais a Ulhim, pondo sobre a cerviz dos talmidim (novos discípulos) um jugo isto é, pondo uma responsabilidade nas costas dos talmidim (novos discípulos) que nem nossos pais nem nós pudemos suportar? Mas cremos que somos resgatados pelo perdão imerecido do Senhor Yahushua, do mesmo modo que eles também”. At.15:10,11.

     Aqui, obviamente, o “jugo” não é a Toráh. O contexto é bem claro. Kefah (Pedro) está declarando que o argumento dos fariseus é “jugo”. Fica patente que o “jugo” que Kefah está se referindo é a crença da justificação pela circuncisão. Kefah lembra o exemplo de Abraham. Quer trazer a memória, a experiência de Abraham que foi primeiro justificado (perdoado da transgressão da Toráh) por confiar no perdão de YAHU como Pai. (Bereshit 15:6(Gn.). Para DEPOIS ser circuncidado. Bereshit 17. (Gn.). Em ambos os casos, Kefah (Pedro) aponta para o fato de que a justificação precede a circuncisão.

“Então toda a multidão se calou e escutava a Bar Nabba e a Sha'ul, que contavam quantos sinais e prodígios YAHU havia feito por meio deles entre os goyim”.12

No decorrer do debate, Shaul conta sua experiência nas conversões dos gentios que ocorriam de cidade em cidade, e a obra que o Eterno realizava nas vidas desses novos convertidos. Ele identifica estes casos com os dois exemplos que Kefah apresentou, reforçando e provando que a circuncisão não deveria ser prioridade na vida dos novos discípulos.

 Depois que se calaram, Ya'akobh tomando a palavra, disse: Irmãos, ouvi-me: Shimon relatou como primeiramente YAHU visitou os gentios para tomar dentre eles um povo para o Seu Nome. E com isto concordam as palavras dos profetas; como está escrito: Depois disto voltarei, e reedificarei o tabernáculo de David, que está caído; reedificarei as suas ruínas, e tornarei a levantá-lo; para que o resto dos homens busque a YAHU, sim, todos os gentios, sobre os quais é invocado o Meu Nome, diz YAHU que faz estas coisas, que são conhecidas desde a antigüidade. Por isso, julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a YAHU, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do sangue. Porque Moshé, desde tempos antigos, tem em cada cidade homens que o preguem, e cada Shabat é lido nas sinagogas. 13-21

     É bastante relevante que Ya’aqobh (Tiago) presume que aqueles gentios estarão ouvindo a Toráh de “Moshé” pregada nas sinagogas no Shabat. Ya’aqobh (Tiago), demonstra aqui que os gentios teriam que manter um nível mínimo de pureza e aprender sobre a Toráh ANTES de serem circuncidados.



Lembre-se de que o problema aqui era cronológico. Os opositores de Shaul propunham a seguinte cronologia:

1 – Ser circuncidado
2 – Obter a salvação (justificação, isto é o perdão)
3 – Receber instrução na Toráh de “Moshé”

Shaul apresenta outra cronologia:

1 – Obter a justificação por meio de Yahushua
2 – Receber instrução da Toráh
3 – Ser circuncidado

     Como já esta mais que confirmado neste estudo, Shaul enfatiza bem em Atos 21 e 22 que não falou contra a Toráh. E a Toráh diz que todos os da casa de Abraham, descendentes ou não, fossem circuncidados. Confirmamos que Shaul não foi contra a circuncisão, mas ao conceito errado de alguns Yahudim a respeito da justificação pela circuncisão. E dessa forma, desvalorizavam a obra redentora do nosso Pai por intermédio de Yahushua o MashYah no madeiro.

“Então pareceu bem aos emissários e aos anciãos com toda a congregação escolher homens dentre eles e enviá-los a Antioquia com Shaul e Bar Nabba, a saber: Yahudah, chamado Bar Saba, e Silas, homens influentes entre os irmãos. E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos e os anciãos, irmãos, aos irmãos dentre os gentios em Antioquia, na Síria e na Cilícia, saúde. Portanto ouvimos que alguns dentre nós, aos quais nada mandamos, vos têm perturbado com palavras, confundindo as vossas almas, dizendo que deveríeis ser circuncidados e depois observar a Toráh”. At.15:22-24.

     A parte do versículo 24 que está em destaque não consta nos textos das versões hoje usada, mas se encontra no manuscrito peshitta aramaica. Devemos perguntar: por que essa parte do versículo não consta nas bíblias? Por que muitas passagens foram acrescentadas? E por que muitas palavras que protegem a obediência aos mandamentos foram traduzidas por outras palavras que tiram o sentido da mensagem transmitida e em outros casos enfraquecem o seu conteúdo?

“pareceu-nos bem, tendo chegado a um acordo, escolher alguns homens e enviá-los com os nossos amados Bar Nabba e Sha'ul, homens que têm exposto as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Yahushua o Mashiah. Enviamos portanto Yahudah e Sila, os quais também por palavra vos anunciarão as mesmas coisas. Porque pareceu bem pelo Poder Sagrado e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição; e destas coisas fareis bem de vos guardar. Bem vos vá”. 25-29.

     Note que a frase “maior encargo” não se refere a uma lista completa de coisas que eles deveriam fazer. Tanto que “não matar, não roubar”, etc. não são mencionadas. Porém, o mínimo necessário para um gentio se relacionar com YAHU, são justamente aquelas que são abordadas. Não há dúvidas de que os gentios não podiam matar nem roubar, apesar de tais coisas não constarem na lista. Com a separação destas coisas, tais gentios poderiam interagir com a comunidade que estava santificada pela Toráh, e o processo de santificação para a vida eterna, ocorreria durante o aprendizado de toda Toráh.



 SHAUL UM GUARDIÃO DA TORÁH!

     Podemos dizer Que a Toráh foi abolida? Que os mandamentos são desnecessários ou ultrapassados? Que Shaul ensinava que não precisava guardar a Toráh? Obviamente que não, pois como disse Shaul (Paulo): "Porque sabemos que a Toráh (lei) é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado." (Rm 7.14). E ainda “E assim a Toráh (lei) é santa, e o mandamento santo, justo e bom”. Rm.7:12.

     Um grande embate a ser compreendido na composição das declarações de Shaul, é : “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Toráh (lei) de YAHU. Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a Toráh (lei) do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a YAHU por Yahushua o MashYah, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o entendimento, sirvo à Toráh (lei) de YAHU, mas, com a carne, à lei do pecado. Rm.7:22-25.

     O que Parece no contexto, é que Shaul tem uma guerra dentro de si em relação à Toráh e a lei do pecado.  Mas a sua explicação da relação entre essas duas “leis” está em lembrar o comportamento do velho homem que havia nele antes de ter reconhecido Yahushua como o MashYah, Pois logo depois ele esclarece: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão no MashYah Yahushua, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito”. Rm.8:1. Condenação de que? Da transgressão da Toráh!

     A proteção que Shaul dá a Toráh se torna mais evidente quando condena o comportamento de alguns Yahudim. “Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a Toráh (lei), mas querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne”. (Gálatas 6:13).

     Ele em defesa da Verdade condena a postura deles e os alertam para a prática da Toráh. Faremos um resumo do capítulo 2 de Romanos usando alguns versículos que trata diretamente do assunto, acompanhe o raciocínio do Apóstolo: “Portanto, és indesculpável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo. E bem sabemos que o juízo de YAHU é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem. E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de YAHU?” (Rm.2:1-3). De quais homens Shaul está se referindo?

“Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de YAHU; O qual recompensará cada um segundo as suas obras; A saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra e incorrupção; Mas a indignação e a ira aos que são contenciosos, e desobedientes à verdade e obedientes à iniqüidade; Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que obra o mal; primeiramente do Yahudim (judeu) e também do grego; Glória, porém, e honra e paz a qualquer que obra o bem; primeiramente ao Yahudim (judeu) e também ao grego;” (Rm. 2:5-10). Shaul declara que qualquer homem que não obedecer à instrução do PAI (a Toráh) será excluído do seu Reino.

“Porque todos os que sem a Toráh (Lei) pecaram, sem Toráh (Lei) também perecerão; e todos os que sob a Toráh (Lei) pecaram pela Toráh (lei) serão julgados. Porque os que ouvem a Toráh (Lei) não são justos diante de YAHU: mas os que praticam a Toráh (Lei) hão de ser justificados. Porque, quando os gentios, que não têm Toráh (Lei), fazem naturalmente as coisas que são da Toráh (Lei), não tendo eles Toráh (Lei), para si mesmos são Toráh (lei); os quais mostram a obra da Toráh (Lei) escrita em suas mentes, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os”. Rm.2:12-15.

     Será que a afirmativa que Shaul está fazendo sobre os gentios, de não conhecerem a Toráh, é de serem totalmente ingênuos e alienados? Certamente que não, o que ele afirma é que os gentios podem não conhecer a Toráh escrita, mas a têm na consciência; ele declara que os gentiosfazem naturalmente as coisas que são da Toráh” Mesmo não a possuindo por escrita (a letra). 

“Eis que tu que tens por sobrenome Yahudim (judeu), e repousas na Toráh (lei), e te glorias em YAHU; E sabes a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído pela Toráh (lei); E confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas, Instrutor dos néscios, mestre de crianças, que tens a forma da ciência e da verdade na Toráh (lei); Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio?” Rm.2:17-22.

      Nesta parte do texto, encontramos o que já afirmamos; que Shaul repreende alguns Yahudim por sua conduta hipócrita e soberba; o cuidado que Shaul está tendo em suas declarações sobre a Toráh, é para tirar qualquer deturpação da verdade que não estejam contidas na Toráh (instrução, ensino) do Eterno. Como veremos adiante o desequilíbrio dos Yahudim (Judeus) com relação à circuncisão. 

“Tu que se gloria na Toráh, desonras a YAHU através da violação da Toráh. Pois exatamente como está escrito o nome de YAHU é insultado pelos gentios por causa de vós. Porque a circuncisão é útil se praticares a Toráh, se és porém transgressor da Toráh, tua circuncisão tornou-se incircuncisão.  Se, pois o incircunciso guarda as ordenanças da Toráh, não será considerado ele circuncidado?  E aquele que é incircunciso por natureza, cumpre a Toráh, julgará a ti por meio do documento escrito, até mesmo sendo circuncidado és transgressor da Toráh”. Rm. 7:21-27 (tradução correta do grego).

 “A ninguém deveis nada, exceto o amor um ao outro; pois quem ama o próximo torna plena a Toráh. Pois: não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás e até mesmo qualquer outro Mandamento com está palavra tudo se unifica: Amarás a teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal ao próximo, sendo assim a plenitude da Toráh é o amor”. Rm. 13:8-10  

      Logo fica claro que: “desonramos a YAHU pela transgressão da Toráh”. Está patente o zelo de Shaul pela pratica e santificação da Toráh; que sejam realmente preservados os preceitos que é a doutrina eterna do CRIADOR, que ELE ESTABELECEU como nosso modo de viver.


CONCLUSÃO


COMPARE ALGUNS TEXTOS CORROMPIDOS

     Colocamos abaixo alguns versículos que foram maus traduzidos aonde usaram a palavra iniqüidade para vários casos, quando no texto grego cada versículo trás palavras com significados diferentes ou aproximados, mas em cada caso o escritor de cada passagem colocou o que ele propunha; traduzimos alguns diretamente do grego para uma comparação com os versículos das bíblias traduzidas do Latim, está inserido no contexto as palavras traduzidas do dicionário grego Strong, veja em cada caso o que o texto expõe: 

Nos versículos que seguem abaixo, é usada a palavra grega anomia- anomia = a condição daquele que não cumpre a lei, porque transgride a lei, desprezo e violação da lei.
“E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci, apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade”. Mt. 7:23. 
“Naquele tempo Eu mesmo declararei: Nunca vos conheci, apartai-vos de mim os que trabalham contra a Toráh (Lei)”, Mt. 7:23. (tradução correta)
“Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniqüidade”. Mt. 13:41.
“Mandará o Filho do Homem os seus mensageiros a ajuntar de dentro do Reino todas as pedras de tropeço e também os que trabalham contra a Toráh (Lei)”. Mt. 13:41. (tradução correta)
“Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade”. Mt. 23:28.
“Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mais dentro estais cheios de hipocrisia e desprezo a Toráh (Lei)”. Mt. 23:28. (tradução correta)
“E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará”. Mt. 24:12.
“E por se multiplicar a transgressão da Toráh o amor fraterno se esfriará grandemente”. Mt. 34:12. (tradução correta)
“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” 2 Co. 6:14 
“Não venham estar em jugo desigual com infiéis; porque que comunhão pode haver com a justiça e a transgressão da Toráh? Ou que associação da luz com as trevas?” 2 Co. 6:14 (tradução correta).
 “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras”. Tt. 2:14 
“o qual a si mesmo se deu para nossa segurança, para nos libertar pelo resgate de toda transgressão da Toráh e purificar para Si mesmo um povo exclusivamente Seu, zeloso, excelente em ações”, Tito 2:14 (tradução correta).
“Amaste a justiça e aborreceste a iniqüidade; por isso YAHU, o teu Ulhim te ungiu, com óleo de alegria mais do que a teus companheiros”. Hb. 1:9 
“Acolhestes a integridade e odiaste a transgressão da Toráh, por isso este ULhim, o teu ULhim te ungiu com óleo de exultação ao lado de teus companheiros”. Hb. 1:9. (tradução correta).
 Neste versículo abaixo, é usada a palavra grega adikhma adikema = um crime, maldade, iniqüidade
“Ou digam estes mesmos, se acharam em mim alguma iniqüidade, quando compareci perante o conselho”. Atos 24:20   

Neste versículo abaixo, é usada a palavra grega adikia adikia = injustiça, de um juiz, injustiça de coração e vida, uma profunda violação da lei e da justiça, ato de injustiça.
“Nem tão pouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a YAHU, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a YAHU, como instrumentos de justiça”. Romanos 6:13 –

“Eterno, me liberte da covardia que teme novas verdades da preguiça que aceita meias verdades e da arrogância que pensa saber toda verdade.” (Autor desconhecido)
A Igreja de Yahushua que está no Rio de Janeiro vos saúda.


BIBLIOGRAFIA
·         PESHITTA – Syriac peshitta novo testamento 1905. (Texto em aramaico).
·         RA – Almeida Revista e Atualizada.
·         RC – Almeida Revista e Corrigida.
·         Sefer Hateshuva – Keturim Netsarim – (Tradução do “novo” testamento do aramaico para o português)
·         HEBPOR – Léxico de português - hebraico de Strong.
·         GRKPOR – Léxico de português - grego de Strong.
·         Comentário de Atos 15 pelo Dr. James Scott Trimm, da Society for the Advancement of Nazarene Judaism.
·         Novo Dicionário Aurélio da língua portuguesa nova edição revista e ampliada (Editora Nova Fronteira).
·         De torahviva@..., "Shaul Bentsion" bentsion@i... Escreveu sobre colossenses 2:16,17.


Pelo enviado de YAHU, HazaqYahu 


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